Na Mira da Lente
Política
15/05/2024 às 14:55
Escrito por: Benito Rosa
Não é o momento e nunca será que a democracia tão balalada seja arranhada

NA MIRA DA LENTE
Por: Benito Rosa, site Conceito
DA TRIBUNA DA SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA DE VEREADORES DE GARIBALDI
MÁRCIA MARIA PEDERSETTI, PP
A vereadora Márcia teceu comentários sobre a verba destinada pelo Deputado Federal, Márcio Biolchi, MDB, no valor de R$ 250 mil para a construção do campo de futebol no bairro Fenachamp e que, até agora não foi utilizada. Segundo Márcia, o valor não foi utilizado devido que a prefeitura precisará mudar o local da estação de esgoto. Assim, a obra será feita após essas correções com a estação de tratamento também sendo reposicionada. Depois disse conhece muito bem aquele bairro realizando muitos trabalhos para aquela comunidade durante mais de três anos e nunca viu o vereador Moisés Nekel por lá, mas será bom, sim, que ele possa se somar para contribuir juntamente com ela e outros. Aquele bairro precisa continuar a receber atenções e seu progresso é constante, apesar de muito ainda ter que ser feito.
MOISÉS NEKEL, MDB
Também saudou os integrantes do Lions presentes e pelo envio de mais de R$ 800 mil reais ao Estado pelo Lions Internacional. Também agradeceu ao Deputado Federal, Márcio Biochi, MDB, pelo envio de verba de R$ 250 mil para a construção de campo de futebol no bairro Fenachamp, indicada ainda em março do ano passado. Passou um ano e a atual administração ainda não utilizou essa destinação. Corre o risco de terminar o prazo dentro de 7 meses e a verba voltar para o Governo Federal. Depois, dirigindo-se à Márcia Maria Pedersetti, PP, que o apontou dizendo que ele não foi visto por ela nos últimos três anos nobairro Fenachamp. Nekel disse que passou bom tempo com problemas de saúde e que ele, juntamente com a administração anterior, construíram muito para aquele bairro durante 16 anos. E enumerou várias ações que repercutem até hoje. Frisou que é precisamos parar de a todo o momento ficarmos marcando ou cobrando que um fez e o outro não fez....Precisamos de união e mais compreensão. Está na hora de pararmos com essa disputa de imagem. Depois, referindo-se à Bacia de Captação de Água da Corsan, disse que o saudoso vereador Isaac Sartori foi o que mais lutou para que as comportas fossem reguladas diante da previsão de chuvas intensas. Após, sugeriu a Presidente, Cíntia Chesini, PP, para ainda nessa sessão, com o entendimento de todos os vereadores, votar para a destinação de maquinários para auxiliar os demais municípios através do Projeto do Executivo N. 21/2024 e, assim, já no dia seguinte, 14, o prefeito sancionar e tomar ações. A sugestão do vereador Moisés foi acatada e, após intervalo solicitado, foi aprovada por todos os colegas.
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LUANA MENEGHETTI, MDB
Criticou o Poder Executivo que não cuida da causa animal, nem no bairro Fenachamp e nem na cidade. Disse que, diante da calamidade, Garibaldi está sendo centro de referência graças aos voluntários e grupos atuantes, pois o Executivo está dando um atestado de amadorismo. Que está nervosa e cansada, bem como os voluntários que estão bem cansados. Disse que foi criado cinco cargos para atuar com o departamento da causa animal e não trabalham. Têm cães abandonados pela cidade. Na primeira semana da enchente, disse a vereadora, o Executivo pediu doação de lençóis e colchões para montar o centro de acolhimento no Ginásio Municipal. Tem a Lei N. 14.133, nova Lei de Licitação para situações de emergência. Poderiam serem comprados esses itens para as pessoas terem um pouco de dignidade e receberem produtos novos, não colchões usados. Depois, referiu-se também ao prédio do Ginásio Santo Antonio, adquirido pela gestão passada: poderiam ter usado para acolher pessoas, pois lá têm estrutura, melhor que o Ginásio de Esportes. Cobrou que camas, lençóis e colchoes que existiam no Ginásio Santo Antonio desapareceram e não se sabe para onde foram levados. Insinuou que a atual administração não usa aquela estrutura do Santo Antonio apenas pelo motivo de ter sido adquirido pela administração anterior. Além disso, Luana reclamou da dificuldade de se conectar através do celular de emergência instalado no Ginásio Municipal. A vereadora também alertou a prefeitura que precisa fazer o cadastro junto à Caixa Econômica Federal para as pessoas poderem sacar o FGTS. Garibaldi ainda não aparece na lista. Em seguida, a vereadora citou várias obras importantes que não foram priorizadas e que há anos, como o caso da Silva Jardim, não foi realizada. Era para estar pronto desde de novembro. A desculpa da demora é que fariam por licitação. Não foi feita. Agora, dispensaram a licitação. Por que não dispensaram a licitação antes? Citou o alagamento registrado na Rua Ceará com a João Santa Rosa, bairro São Francisco. É um ponto bem critico do município. Passaram-se três anos e nada foi feito. Promessa de campanha de vocês, de quem hoje mesmo é o Secretário de Obras. E é ele mesmo que tem que resolver essa questão. Na sequência, Luana apresentou a lista de várias pavimentações que serão realizadas na cidade. E exclamou: parem com isso!!! A prioridade agora é salvar a vida das pessoas. Não é pracinha emborrachada no centro e nem aquele dique lá no Ginásio. Quem é que vai arcar com as consequências? E por que não abriram as comportas lá da Barragem? Do responsável na Prefeitura para entrar em contato com a Corsan e abrir as comportas antes do início das chuvas? E mais: hoje entrou nesta Casa projeto para prestar ajuda humanitária aos outros municípios. Por que não entraram com esse projeto antes?
CÁSSIO FACHI, PP
O vereador iniciou sua participação e, cutucando, sem citar nomes, disse: ‘Parece que tem gente que não vive no Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul. Para alguns mal informados - que não sabem - dizer que vivemos uma tragédia jamais vista: mais de 2 milhões de pessoas atingidas, 500 mil desabrigadas. Nós, gaúchos, de forma geral, com o apoio de todos os Estados do Brasil, pelo que temos visto, mandando tudo o que for possível para nós, gaúchos. Desde alimentação, colchões velhos ou usados, roupas velhas ou usadas, mas doadas com muito amor e carinho. Gente que tem meia dúzia de roupa de pano, que tem dois ou três colchões, seis colchões... está doando um colchão, mostrando voluntariado. É assim que formamos um voluntariado. Não é quem tem dinheiro que fica doando. Todos ajudam, inclusive os mais humildes. Então, temos que ter muito respeito, com qualquer doação que seja: se for 1 kg de arroz, se for uma camisa ou um lençol velho, tem que ser valorizado por todos. Lamentável. Muito lamentável. Depois, Cássio Fachi disse que foi protocolado, semana passada, nesta Casa, pedido para a Assembleia Legislativa, sobre um Fundo Partidário destinado aos Partidos Políticos, de R$ 5 milhões de reais que, pelo menos, R$ 2,5 milhões sejam destinados para os municípios. Têm deputados de todos os partidos para contribuir para esse objetivo ser alcançado. A gente não está aqui para criticar e nem para aparecer. O trabalho voluntariado é como as senhoras e senhores do Lions Clube que estão aqui presentes hoje, que praticam diariamente. Fazem o bem sem olhar a quem. E não se mostram para ninguém. Que belo!!!, destacou o vereador. E não ficam procurando nenhum palanque. Ficam no anonimato e colaborando com todos os gaúchos. Finalizou cumprimentando o prefeito Sérgio Chesini que tem trabalhado muito nesses dias e dormindo muito pouco. Agora temos que nos unir e ajudar uns aos outros. Não está fácil. Mas quem consegue resistir ao impacto de 800 milímetros de água?, indagou. Após, dirigindo-se à colega Luana Meneghetti, MDB, disse que passaram 16 anos fazendo asfalto e agora vens aqui dizer para não fazer asfalto??? Precisamos fazer drenagens. Estamos trabalhando em várias frentes. Sinceramente, cara Luana, não consigo te entender. Não entendi, realmente. E, cumprimento a todas, a todos os garibaldenses e todas as entidades que estão trabalhando nesse momento difícil. ...E a esse ´exército de voluntariado local, do Estado e do Brasil. ‘
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JOSÉ BORTOLINI, PDT
Cumprimentou aos integrantes do Lions presentes na Sessão Ordinária para a apresentação de seus serviços em Garibaldi. Depois, disse que ‘ parabenizo o Secretário de Obras que trabalha diuturnamente para colocar as estradas em condições. Revelou que esteve com ele pelo interior e queos serviços são difíceis, mas aos poucos as correções estão sendo realizadas e que devemos entender a situação. Discordou da vereadora Luana que disse que tem que plantar mais árvores, fator esse que não cabe para todos os setores de um município. Acrescentou que os deslizamentos ocorrem onde existe muitas árvores. É preciso verificar seriamente esses pontos.
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Comentário
À luz da interpretação
Por: Benito Rosa
Sempre, de alguma forma, durante minha vida, convivi com a política. Em 1969, após concurso público lançado para contratação ao cargo de Secretário Executivo da Câmara de Vereadores de Garibaldi, assumi e, durante seis anos, desenvolvi as obrigações e, sem extrapolar, tive êxito. Passado esses seis anos, decidi pela minha exoneração para buscar outros caminhos.
No período que desenvolvi minhas atividades na Câmara, aprendi e, ao mesmo tempo, realizei a contento, tanto que conquistei a confiança de todos os vereadores, independentemente de sigla política. Aliás, ao citar esse detalhes, as siglas na época eram apenas duas: ARENA, hoje atual Partido Progressista, PP, e o Movimento Democrático Brasileiro, MDB.
No Executivo, brilhava o nome do saudoso prefeito Léo Antônio Cisilotto, MDB. Seu gabinete localizava-se onde hoje funciona a administração do Conselho Municipal de Turismo e Cultura. A sala do Legislativo era dividida pela mesma porta que hoje dá acesso ao gabinete da atual Secretária de Turismo. O prefeito Léo, quando precisava passar algum recado, apenas abria essa porta e me avisava da necessidade do presidente da Casa Legislativa convocar uma Sessão Ordinária ou Extraordinária.
Lembrar que os vereadores daquele período, tinham suas atividades profissionais em empresas ou em atividades na agricultura ou no comércio.
Fato curioso que, muitas vezes o prefeito participava até as sessões para, além de anexar justificativa ao projeto, presencialmente trocava ideias com os edis. Esse detalhe define muito bem como se relacionavam vereadores e prefeito. Hoje as coisas mudaram, por aqui, pelo Brasil e pelo mundo.
Passado o período do Léo Cisilotto, assumiu como prefeito, Acyr Girondi que, por sua vez, agia de forma igual.
Hoje, tudo é diferente: temos vários funcionários no Legislativo e assessorias que deram outra estrutura - e melhor, logicamente - para atender as demandas que avolumaram com o aumento da população, inclusive.
Embora respeitando essas mudanças, foco no novo comportamento em que a paixão pela sigla aflorou de tal forma que, muitas vezes, supera muitas vezes o bom senso. Isso não consigo digerir e, confesso, esses embates, confrontos e até desrespeito, me causam mal-estar.
E, abrindo o coração, quando bradam aos quatro ventos do alto da tribuna que ‘ precisamos nos unir ‘, soa como falsidade. E isso fica comprovado em seguida quando, diante de situações dramáticas como esta da enchente que assolou nosso Estado e nossa Região, sobram apontamentos desnecessários que apenas visam expor o negativo, desconsiderando totalmente o positivo do que o atual prefeito daqui realiza, igual a todos os prefeitos de outros municípios realizam.
Uma desconsideração a essas mulheres e homens que nem dormem direito diante do cumprimento de seus deveres em prol da vida e dos bens dos cidadãos.
Uns preferem falar dos espinhos e não das rosas, frase essa que venho escrevendo seguidamente para ressaltar certos discursos impensados e, muitas vezes, injustos ou carregados de pura inveja ou ciumeira política.
Isso sangra a democracia, fantasia a realidade pelo simples ato de contentar seus egos e paixões político-partidárias e satisfazer seus aliados em busca de sua própria imagem e manutenção no cargo.
Que toquem seus clarins para chamar a atenção sobre as necessidades, mas não detonem seus canhões de ódio e desrespeito.
Que se encolhem na humildade que é parceira da educação.
Que se inspirem na formação familiar para o respeito e a prática das boas maneiras.
Que exibam tenuamente suas sabedorias pela apresentação de projetos amplos às comunidades.
Enquanto alimentarem a prepotência, certamente serão pacientes dos leitos dos excluídos.
E logo sairão da cena.
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