Destaque - Presidente da Cooperativa Garibaldi destaca impulso da vitivinicultura na economia da Serra
Ló considera, ainda, que há questões políticas e tributárias a serem solucionadas. Uma delas, é a decisão da alíquota sobre bebidas alcoólicas que será instituída na regulamentação da reforma tributária pelo Congresso Nacional.
08/08/2025 às 19:07
Escrito por: Benito Rosa Site Conceito / Créditos: TÂNIA MEINERZ/JC - Jornal do Comércio
Presidente da Cooperativa Vinícola Garibaldi, Oscar Ló, aponta que a vitivinicultura impulsionou a Serra Gaúcha dos pontos de vista econômico e social

Publicada em 08 de Agosto de 2025 às 11:20
Oscar Ló, presidente da Cooperativa Vinícola Garibaldi, foi um dos painelistas do evento Mapa Econômico do RS em Garibaldi
De Garibaldi
O presidente da Cooperativa Vinícola Garibaldi, Oscar Ló, aponta que a vitivinicultura impulsionou a Serra Gaúcha dos pontos de vista econômico e social nas últimas décadas. A análise foi apresentada por ele no terceiro evento de 2025 do Mapa Econômico do RS, realizado na noite desta quinta-feira, 7 de agosto, em Garibaldi. O líder cooperativista foi um dos painelistas no encontro.
"A vitivinicultura mantém 12 mil famílias na atividade. Se pegarmos os últimos anos do nosso setor, de 2000 para 2025, ele praticamente dobrou de tamanho. Em 2000, eram produzidas em torno de 400 a 450 mil toneladas (de uvas). A última safra foi de 750 mil. E temos condições de produzir 800 mil no Rio Grande do Sul", avaliou Ló.
O crescimento, afirma, não representou um aumento no consumo de álcool no País. Na realidade, foi resultado de uma constante adequação ao público consumidor que, hoje, tem buscado mais produtos com teor alcoólico reduzido ou zero álcool, destacou o presidente da Garibaldi. Ele ainda ressaltou a relevância do suco de uva neste contexto, considerando que 60% das uvas gaúchas são destinadas a este fim.
Essas conquistas repercutiram positivamente não apenas para os produtores e industriais do segmento vitivinícola. Para Ló, a tradição da Região da Serra no setor foi fundamental para girar a economia local e alavancar novos empreendimentos, especialmente tanto na área industrial quanto nos serviços de turismo.
"A região toda cresceu, temos hoje a rede hoteleira, restaurantes, a infraestrutura toda, eventos que acontecem aqui%u2026 Muitas indústrias hoje, tanto de móveis quanto de metalurgia, iniciaram prestando serviços para as vinícolas e depois expandiram seus negócios", avalia Ló.
Novas tecnologias na produção
A percepção do presidente da Cooperativa Vinícola Garibaldi é de que o setor possa crescer ainda mais. Principalmente, pelo incremento de tecnologias inovadoras que têm sido observado nas produções e pela busca por novas variedades de uvas na expectativa de mitigar os impactos de eventos climáticos indesejados, incluindo alta umidade, chuvas excessivas e períodos de estiagem.
Por outro lado, ainda há dificuldades a serem superadas. Além da questão climática, Ló destaca os desafios em combater o descaminho de mercadorias. Conforme o painelista, a cada três garrafas de vinho que chegam ao Brasil pela fronteira com a Argentina, pelo menos uma é fruto da atividade ilegal. Outro problema nesse sentido é o da falsificação de produtos.
Ló considera, ainda, que há questões políticas e tributárias a serem solucionadas. Uma delas, é a decisão da alíquota sobre bebidas alcoólicas que será instituída na regulamentação da reforma tributária pelo Congresso Nacional. O desafio é fazer com que a taxa seja a mais baixa possível, é um desafio que o setor tem que acompanhar", disse Ló.
Os produtos alcoólicos foram encaixados nos impostos seletivos da legislação, que atingem itens considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, buscando desestimular o consumo. É o chamado "imposto do pecado", que aplica uma alíquota maior sobre bebidas alcoólicas. Ainda não se sabe qual será a taxa será aplicada a eles.
Outra questão diz respeito às definições do acordo entre o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União Europeia, que preocupam o líder cooperativista. Para Ló, a depender de como as negociações forem realizadas é possível que se crie uma desigualdade competitiva entre os produtos brasileiros e europeus.
"Não temos dúvida que para o Brasil será bom porque vai liberar a circulação de muitas mercadorias, mas para o nosso setor vai liberar a entrada de produtos aqui. Temos condições de sermos competitivos, mas a Europa subsidia muito a produção vinícola deles. Não estaremos concorrendo de forma igual, estaremos concorrendo com subsídio", compara.
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