Rainha de Coronel Pilar costurou um terço que ganhou da avó no vestido

A vô rouba a cena na coroação ao entregar flores à Rainha

01/07/2025 às 19:48

Escrito por: Benito Rosa Site Conceito / CRÉDITOS E FOTO: RÁDIO GARIBALDI

‘O tercinho a minha avó me deu, quando eu ia dormir com ela. Os filhos se revezavam para passar a noite, em Marcorama..."

Rainha de Coronel Pilar costurou um terço que ganhou da avó no vestido
Rainha de Coronel Pilar costurou um terço que ganhou da avó no vestido


A vô rouba a cena na coroação ao entregar flores à Rainha
Um momento doce atraiu a atenção do público presente no salão São Lourenço Mártir de Coronel Pilar, na última sexta-feira, 27, após a divulgação do resultado do concurso de rainha e princesas do município. A cena em questão foi o vovô da rainha eleita subindo ao palco. O avô de 87 anos foi até a passarela para entregar um buquê de flores para Vitória Fachinelli Furlanetto. E o abraço e o beijo de Lírio Furlanetto para a rainha foram emblemáticos, a essência de carinho. Lírio é o único avô vivo da rainha.
Depois deste momento fofura que roubou a cena da coroação, a rainha revelou outro fato significativo que nos faz refletir sobre a importância dos avós para os netos. Ela contou que foi aconselhada por uma pessoa mais experiente para que, no concurso, se apegasse a algo simbólico, alguma coisa que pudesse segurar, um material que lhe trouxesse sorte. Ela disse que pensou, revirou o quarto e nada localizou. Ao se deitar, lembrou do tercinho que havia ganho de sua avó.
‘O tercinho a minha avó me deu, quando eu ia dormir com ela. Os filhos se revezavam para passar a noite, em Marcorama, e eu dividia a semana com minha mãe. A avó Maria Pilatti Fachinelli (falecida), adorava quando eu ia lá. Amava a comida que eu fazia pra ela e ela me deu o tercinho. Eu carregava na mochila, quando ia estudar no Instituto Federal de Educação, em Bento Gonçalves’, disse a rainha.
Como segurar não seria possível, Vitória pensou em como esse símbolo poderia ficar com ela. Logo, veio no pensamento costurar no final do zíper, que não iria aparecer e nem marcar. Foi o que fez. ‘O tercinho ficou comigo e com ele estavam as minhas duas avós, a avó Maria e a avó Izolda Ferla Furlanetto, com quem eu morei. Izolda também é falecida. Aqui em casa, somos bastante católicos, a gente reza todos os meios-dias para agradecer pelo dia e a comida servida e foi nisso que me apeguei. Tinha feito a minha parte, me dedicado, mas me apeguei nisso, rezava pelas minhas duas avós para me iluminassem e me abençoassem. Eu pedi para que fosse feita a vontade de Deus. Se era para conquistar esse tão desejado sonho, eu iria conquistar, caso contrário eu iria aceitar’, confessou.
O papel dos avós
Em 2025, celebra-se os 150 anos da Imigração Italiana. E a importância dos avós na Serra Gaúcha se mantém. Ainda em cidades menores é frequente ver as famílias vivendo juntas, em lares multigeracionais. Os avós, portanto, desempenhavam um papel crucial na criação e na educação das crianças, transmitindo tradições, histórias e sabedoria acumulada ao longo de suas vidas. Muitas famílias italianas contam com os avós para ajudar na criação de seus netos, proporcionando um ambiente amoroso e seguro enquanto os pais se dedicam ao trabalho. E esse amor é recíproco. A história de Vitória com seus avós demonstra todo o carinho com eles, amor incondicional, vida em família, abraçando a diversidade de idades e necessidades, numa convivência enriquecedora.

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